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Revista Digital #45 | Julho’15

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A Arte Sonora viaja pelos 100 anos do nascimento de Les Paul, para descobrir a importância de um grande guitarrista e mente inovadora. Olhamos ainda os modelos clássicos da Gibson entre 1952-60.

Centramos este número na carreira daquele que se tornou um dos nomes maiores da guitarra eléctrica, quer como músico quer no desenvolvimento do instrumento. Les Paul foi também um pioneiro em várias técnicas de gravação, nomeadamente no multitracking, ainda nos anos 40. Vanguardista, Lester Polfuss nunca se satisfez com os modelos acústicos ou semi-hollow, dos espartilhos sónicos e técnicos que caracterizavam essas guitarras, e criou armas lendárias para heróis lendários. Haverá algum guitarrista que não desejasse possuir uma “Burst” de ’58, ’59 ou ’60? E uma “Black Beauty”? Certamente que não. Mas esse desejo não será unicamente devido às características técnicas dessas guitarras, mas ao seu carácter mítico.

O imponente corpo de mogno, os poderosos humbuckers (a partir de ’57), o som massivo. A Gibson Les Paul permitiu ir mais longe. Permitiu ser mais. Numa era em que a formalização ou estruturação burocrática do conhecimento se tornara já tirana, Les Paul criou algo que colocou nas mãos de qualquer um a capacidade de elevação. O rock n’ roll tornou-se mais que um som, tornou-se rebelião e fúria. Tornou-se mito e transcendência. Um veículo para o pulsar frenético do âmago do ser humano – a impulsividade do ego. Jimmy Page ou Eric Clapton foram novos Hércules a conquistar a imortalidade, mas o fogo roubado aos deuses veio de Les Paul, esse novo Prometeu.

O rock n’ roll poderá estar morto, dizem. Les Paul também está. Mas o mito… Está apenas no seu primeiro século.


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